Em 2022, mulheres potiguares dedicaram 13 horas por semana a mais do que os homens aos afazeres domésticos, diz Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD).  Os dados são do tema “Outras Formas de Trabalho”, que levantou informações sobre cuidado de pessoas, afazeres domésticos, produção para o próprio consumo e trabalho voluntário

De acordo com a pesquisa, no ano passado, 2,5 milhões de pessoas com 14 anos ou mais de idade no RN realizaram afazeres domésticos no próprio domicílio ou em domicílio de parente, o equivalente a 84,5% da população, acima da taxa estimada em 2019 (76,1%).

Enquanto 91,4% das mulheres realizaram alguma atividade relacionada a afazeres domésticos, essa proporção foi de 77,2% entre os homens em 2022. Em 2019, esses percentuais eram 76,1% (total), 88,6% (mulheres) e 62,6% (homens).

Outro fato apontado pela pesquisa é que no RN, mulheres pardas são as que mais realizam afazeres domésticos no próprio domicílio ou em domicílio de parente, seguidas pelas mulheres pretas.

As taxas de realização de afazeres domésticos, no estado potiguar, pelas mulheres brancas (89,2%), pretas (92,5%) ou pardas (92,8%) são sempre mais altas que a dos homens dos mesmos grupos de cor ou raça (79,0%, 72,9% e 76,5%, respectivamente).

Regionalmente (91,3%) e nacionalmente (92,7%), contudo, as mulheres pretas são as que mais realizam afazeres domésticos no próprio domicílio ou em domicílio de parente, seguidas pelas mulheres pardas.

Quanto aos jovens potiguares de 14 a 24 anos, estes realizam menos afazeres domésticos que as demais faixas etárias, com uma taxa de 75,9%, abaixo da média nacional de 77,6%, mas acima da média regional (72,6%). Esse percentual chega a 90%, entre os adultos potiguares de 25 a 49 anos, acima das médias nacional (89,3%) e regional (86%).

No RN, a menor taxa de realização ocorreu entre os homens de 14 a 24 anos (65,1%), e a maior, entre as mulheres de 25 a 49 anos (96,9%).

Homens mais instruídos participam mais dos afazeres domésticos

A realização de afazeres domésticos é mais alta entre homens com curso superior completo (86%) e menor entre aqueles sem instrução ou com o ensino fundamental incompleto (70,1%).

Em 2022, no RN, a taxa de realização de afazeres domésticos foi de 78,3% entre as pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto e 90,6% entre aquelas com superior completo, uma diferença de 12,3 p.p. Entre os homens, a diferença é ainda maior: 15,9 p.p., enquanto entre as mulheres essa diferença foi de 6,3 p.p.

Tribuna do Norte

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