A indústria de vestuário do Rio Grande do Norte, que concentra o maior número de empregos na indústria de transformação do estado, encerrou 2024 com expansão no número de contratações e, em 2025, sinaliza que a demanda por mão de obra seguirá em alta.

A perspectiva do setor é de aumento de produção e de mais pessoas qualificadas assumindo ocupações, diz o diretor do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial no RN (SENAI-RN), Rodrigo Mello.

“Claramente esse mercado está aquecido e as empresas têm nos procurado para apoiar esse crescimento, com uma participação intensa na formação profissional, e buscando não só volume de profissionais qualificados, mas qualidade e adequação às tecnologias atuais”, observa Mello.

Francisca Márcia Lopes Silva, de 42 anos, é uma das novas costureiras qualificadas este ano no estado e, há cerca de um mês, está empregada no setor de confecções. “É a minha primeira carteira assinada” | Foto: Divulgação SENAI-RN
Francisca Márcia Lopes Silva, de 42 anos, é uma das novas costureiras qualificadas este ano no estado e, há cerca de um mês, está empregada no setor de confecções. “É a minha primeira carteira assinada” | Foto: Divulgação SENAI-RN

A indústria de vestuário do Rio Grande do Norte, que concentra o maior número de empregos na indústria de transformação do estado, encerrou 2024 com expansão no número de contratações e, em 2025, sinaliza que a demanda por mão de obra seguirá em alta.

A perspectiva do setor é de aumento de produção e de mais pessoas qualificadas assumindo ocupações, diz o diretor do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial no RN (SENAI-RN), Rodrigo Mello.

“Claramente esse mercado está aquecido e as empresas têm nos procurado para apoiar esse crescimento, com uma participação intensa na formação profissional, e buscando não só volume de profissionais qualificados, mas qualidade e adequação às tecnologias atuais”, observa Mello.

Emprego

Dados oficiais mostram uma guinada no mercado de trabalho do setor no Rio Grande do Norte, com a atividade de confecção de vestuário atingindo, em 2024, o maior “estoque de empregos” em três anos.

Joseneide Virgínia Pereira de Melo, 56, “nunca havia pegado em uma máquina de costura antes”, mas buscou capacitação e agora tenta uma vaga na indústria | Foto: Divulgação SENAI-RN
Joseneide Virgínia Pereira de Melo, 56, “nunca havia pegado em uma máquina de costura antes”, mas buscou capacitação e agora tenta uma vaga na indústria | Foto: Divulgação SENAI-RN

De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego, o número total de vínculos formais – ou seja, de carteiras de trabalho assinadas no setor – chegou a 16.957 no período, o que corresponde a 28,40% do total de pessoas empregadas na indústria de transformação e a uma expansão de 9,4% em relação a 2023.

As ocupações na área de costura à máquina na confecção em série, de ajudante de confecção e de tecelão de malhas à máquina estão entre as que mais concentram trabalhadores/as e que registram crescimento no total de empregados/as.

Sínteses publicadas pela Unidade de Economia e Pesquisa da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) sobre o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério mostram saldo positivo de empregos na confecção de artigos do vestuário e acessórios do estado – ou seja, número maior de contratações do que de desligamentos nos últimos dois anos. Em 2024, o resultado chega a ser 12 vezes superior ao de 2023, com 1.251 pessoas admitidas a mais do que as que saíram das empresas.

Tribuna do Norte

Neuropsicopedagoga Janaina Fernandes